1º LIRAa do ano: Prefeitura divulga resultado e convoca população para combater arboviroses
Dados mostram que 5,4% dos imóveis pesquisados em Valadares contam com a presença do Aedes aegypti e mais de 90% dos focos continuam sendo encontrados dentro das casas
Publicado em 02/02/2024 16:15
No último sábado (27), o governo do Estado declarou situação de emergência em saúde pública em decorrência do grande número de casos de dengue em Minas Gerais. Portanto, se você não quer que o cenário fique crítico e tenhamos uma epidemia de dengue e chikungunya em Valadares, é hora de fazer sua parte!
É que os dados do 1º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), divulgados nesta sexta-feira (2), foram novamente preocupantes. Isso porque os números revelam que 5,4% dos imóveis pesquisados contam com a presença do mosquito transmissor das arboviroses (dengue, zika e chikungunya).
Lembrando que na pesquisa anterior, realizada em novembro do ano passado, o percentual estava em 4,9%. Ou seja, em dois meses, o aumento foi considerado alto; o que mostra que, apesar da atuação constante e do trabalho de conscientização e orientação realizado pelos agentes de endemias, a população não está participando efetivamente para combater o mosquitinho preto com listras brancas.
“As pessoas precisam ter em mente que não temos em nosso município um profissional para ficar fiscalizando todos os dias os mesmos imóveis; e isso nem é papel deles. Quem deve permanecer vigilante e, colocar em prática as ações repassadas são os moradores, que precisam se unir ao Poder Público nessa luta que é de responsabilidade de todos nós!”, declarou o gerente do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Marques Rogério.
Focos dentro das casas
Mais uma prova de que os cidadãos não estão fazendo o “dever de casa” é que o LIRAa apontou ainda que, mais de 90% dos focos continuam sendo encontrados dentro das casas, sendo 37,8% deles nos vasos e pratos de plantas; 22,9% nos ralos, calhas e lajes; 18,1% nos reservatórios de água secundários e 16% nos lixos acondicionados de forma incorreta. Em contrapartida, no LIRAa anterior, feito em novembro de 2023, foram registrados, respectivamente, 21,9% em vasos e pratos de plantas; 45,1% deles nos ralos, calhas e lajes; 15% nos reservatórios de água secundários e 9,5% nos lixos.
Pneus, depósitos naturais e caixas d’água tiveram uma pequena redução; de 4,9% o ano passado para 3,2% este ano (pneus); 1,3% em novembro de 2023 contra 0,6% este ano em caixas d’água e 2,3% (em novembro do ano passado) para 1,4% este ano depósitos naturais.
Em relação aos bairros, os resultados também foram alarmantes, visto que a maioria deles teve aumento no número de criadouros e focos do Aedes. De 14 estratos, apenas 5 tiveram redução no que se refere à infestação pelo mosquito da dengue.
O mais significativo deles foi o estrato 2, que compreende os bairros Grã-Duquesa, Maria Eugênia, Santo Agostinho, Morada do Vale I, Lagoa Santa, Morada do Vale, Cidade Nova, Vale Verde e Esperança. Pasmem, pois o número quase dobrou; saltando de 5,9% em novembro de 2023 para 10% no primeiro levantamento de 2024.
Logo atrás vem o estrato 3, que compreende o Santa Helena, Morro do Carapina, Nossa Senhora das Graças, Querosene, Monte Carmelo e Santa Efigênia – registrou 5,9% contra 9,1% no LIRAa deste ano.
Em seguida, está o estrato 8, que conta Jardim do Trevo, Santa Paula, Turmalina, Posto Planalto, Sertão do Rio Doce, Retiro dos Lagos, Os Borges e Palmeiras com 7,4% contra 5,7% (em novembro de 2023).
Na sequência, vem o estrato 9, que compreende Vila Império, São Cristóvão, Jardim Perola, Kennedy, Bela Vista, Fraternidade, Vila Ozanã, São José, Nossa Senhora de Fátima e Parque Olímpico, o índice foi de 3,7% para 6,6%.
Tiveram uma pequena redução os estratos 13, que abrangem os bairros Jardim Alice, Vila Rica, Penha, Novo Horizonte, Vale Pastoril, Caravelas, Castanheiras, Vila União, Tiradentes, Figueira do Rio Doce e Vitória, que foi de 5,3% para 2,7% e também o 6 (Centro, Esplanada, Esplanadinha e São Pedro), que caíram de 6,4% para 3,9%.
Diante de tudo isso, a Prefeitura de Valadares, através do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), pretende adotar mais ações específicas em cada estrato, a fim de controlar a doença e exterminar o Aedes aegypti.
Mas, é fundamental o apoio efetivo de toda a população para que consigamos controlar a situação no nosso município e, para isso, não podemos dar trégua para o Aedes.
Casos prováveis de Arboviroses em Valadares
De 31 de dezembro do ano passado até 27 de janeiro deste ano, o município apresentou 251 casos notificados prováveis de arboviroses, sendo 202 de dengue e 49 de chikungunya. Não temos casos de zika notificados em residentes de Valadares até o momento.
No mesmo período do ano passado, ou seja, de 1º a 28 de janeiro, foram 290, sendo 262 de dengue e 28 de chikungunya. Em 2023, também não tivemos nenhum caso de zika notificado.
por Secretaria de Comunicação e Mobilização Social